A Escola Municipal Prof.ª Iraydes Lobo Vianna do Rêgo, do Itatinga, realizou a
doação da ‘Caixa do Abraço’ para crianças do Rio Grande do Sul. O pacote enviado
contém pelúcias de apoio emocional denominadas ‘monstrinhos das emoções’, que
foram feitas por professoras com base no projeto de resolução de questões
emocionais chamado ‘O meu, o seu, os nossos monstros’ desenvolvido pela
unidade escolar.
O projeto contemplou os estudantes da escola sebastianense após a tragédia que
ocorreu no município em fevereiro de 2023, ajudando os alunos a identificar suas
emoções e aprender a como lidar com seus sentimentos. Para isso, foi criado por
cada criança um monstrinho que ajudava a identificar o que estavam sentindo.
O aluno Yan Moreira, de 7 anos, explica como desenvolveu o seu monstrinho da
emoção. “Uma pessoa vai bater na outra e aí o monstro do controle aparece e
ajuda essa pessoa a se acalmar, parar, ir pedir desculpas e prometer que não vai
mais fazer isso. Pra mim ajudou muito porque,, às vezes, quando alguém me
provocava eu já sentava a mão, mas aí o monstro aparecia e eu lembrava dele e
me acalmava.”
Com o resultado positivo da ação, a escola toma a iniciativa de produzir pelúcias
dos ‘monstrinhos da emoção’ para enviar junto a livrinhos com histórias contadas
pelos alunos e uma carta com as explicações produzidas pela equipe da escola.
Desta forma, as crianças poderão também desenvolver seus próprios monstros e
externar seus sentimentos em meio ao grande trauma emocional que vivem.
A diretora da unidade escolar, Karen Bardelli, comenta sobre a intenção da ‘Caixa
do Abraço’. “Como vivenciamos uma situação muito menor, mas parecida, nós
queríamos agraciar essa crianças com um abraço, com um conforto. Então nos
remeteu ao passado e de como esse projeto foi de grande valia pra nossa escola.”
O estudante Yan fala sobre como se sente em relação a essa doação. “Significa pra
mim que é um apoio para as crianças. A inundação é gigante, muitas crianças
perderam os pais, os pais perderam as crianças, as casas foram destruídas e isso
não foi muito legal.”