A Prefeitura de São Sebastião, por meio da Secretaria da Pessoa com Deficiência e do Idoso (Sepedi), promove a Campanha de Prevenção de Quedas da Pessoa Idosa, a partir de 24 de julho nos bairros da Costa Sul e região Central de São Sebastião. O objetivo é informar, conscientizar e alertar o público idoso sobre a importância dos cuidados necessários para prevenção de quedas, frequentes nessa faixa etária.
De acordo com a secretária da Sepedi, Juliana Coelho, “as orientações de forma itinerante nos bairros são importantes para toda a sociedade, pois as quedas são frequentes com os idosos e adotando medidas de prevenção, é possível reduzir significativamente o risco de quedas e suas consequências, promovendo mais qualidade de vida e autonomia”.
A diretora de políticas públicas da pessoa idosa da Sepedi, Lidiane Sacardo, reforça que as orientações são necessárias de forma contínua, porém a campanha neste mês, visa intensificar esta importante ação, visto que “as quedas possuem um alto risco de mortalidade, com prevalência: um a cada quatro pacientes morrem após a fratura de fêmur”.
As palestras serão realizadas na Costa Sul, em 24 de julho, às 9h, no Núcleo de Boraceia, à Alameda Penápolis, s/n, e no Núcleo de Boiçucanga, localizado na Avenida Walkir Vergani, s/n, às 10h.
No dia 31 de julho, às 9h, será no Núcleo de Barra do Una, situado Rua Cravinho, 111, e no Núcleo de Juquehy, às 10h, Rua Dona Ana Eufrasina, 259. Na região central, serão realizadas palestras no dia 4 de agosto, no Núcleo São Francisco às 9h, à Rua Gilberto Pedro do Rego, 45, e na Topolândia, às 14h, na Rua Antônio Pereira Silva, 170. A última palestra será realizada no dia 7 de agosto no núcleo Jaraguá às 9h, rua Guilherme de Almeida, s/n.
Orientações do Ministério da Saúde para evitar a situação, que pode desencadear em fraturas, consequências psicológicas e até mesmo intervenções cirúrgicas
A última edição do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), financiado pelo Ministério da Saúde, revelou que, no Brasil, a prevalência de quedas na população idosa residente em áreas urbanas foi de 25%.
“Trata-se de um evento relevante não só pela frequência com que ocorre, mas pela possibilidade de gerar impactos psicológicos, como medo de cair, e físicos, como fraturas, incapacidade funcional e redução motora, inclusive com risco cirúrgico”, explica a coordenadora adjunta de Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Primária, Lucélia Silva Nico. Ela também lembra que esses eventos podem afetar social e economicamente famílias, cuidadores e serviços de saúde.
A ELSI-Brasil, realizada entre 2019 e 2021, também mostrou que os fatores associados à ocorrência de quedas são multidimensionais, destacando: sexo feminino (que apresenta maior prevalência), faixa etária igual ou superior a 75 anos, medo de cair medo de cair devido às más condições das vias públicas, medo de atravessar a rua, artrite ou reumatismo, diabetes e depressão. “Por isso, as ações de enfrentamento ao problema devem ser intra e intersetoriais, considerando a integralidade do cuidado e com ênfase na prevenção”, orienta. Confira, abaixo, algumas dicas importantes neste Dia Mundial de Prevenção de Quedas (24/6):
Ambientes internos
Tanto em casa quanto em ambientes compartilhados, como as unidades básicas de saúde (UBS), é necessário se atentar para:
- Piso escorregadio;
- Tapetes soltos;
- Objetos em áreas de circulação (como brinquedos de crianças);
- Ausência de barras de apoio e corrimão;
- Móveis instáveis;
- Iluminação inadequada;
- Escadas sem corrimão, sem sinalização;
- Cadeiras, camas e vasos sanitários muito baixos e sem apoio para se sentar e levantar;
- Banheiros sem barras de apoio;
- Bengalas ou andadores com ponteiras danificadas;
- Sobre a ambiência das UBS, é importante ver se está bem sinalizada em relação a rampas, obstáculos e barreiras.
Na rua
- Atravesse a rua na faixa de pedestres, olhe sempre nas duas direções e tome cuidado também com os veículos de pequeno porte (bicicletas, motos e outros);
- Só atravesse após os carros pararem;
- Ao sair para as compras, use sacolas pequenas, evitando carregar peso;
- Observe o meio-fio quando subir ou descer as calçadas;
- Preste maior atenção quando estiver andando em lugares que não conhece ou mal iluminados;
- Atenção com os buracos e desníveis das calçadas;
- Espere que o ônibus pare completamente para você subir ou descer;
- Se necessário, use bengalas, muletas ou instrumentos de apoio.
Cuidado integral
Além do ambiente, também é preciso estar atento às condições de saúde da pessoa idosa, vestimentas e demais fatores.
- Faça exames oftalmológicos e físicos anualmente, em específico para detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial;
- Mantenha na dieta uma ingestão adequada de cálcio e vitamina D;
- Tome banhos de sol diariamente;
- Participe de programas de atividade física que visem o desenvolvimento de agilidade, força, equilíbrio, coordenação e ganho de força do quadríceps e mobilidade do tornozelo;
- Use sapatos com sola antiderrapante;
- Amarre o cadarço do calçado de forma firme e segura;
- Substitua os chinelos que estão deformados ou muito frouxos;
- Use uma calçadeira ou sente-se para colocar o sapato;
- Evite sapatos com salto ou com sola lisa;
- Informe-se com seu médico sobre os efeitos colaterais dos remédios que está tomando;
- Certifique-se de que todos os medicamentos estejam claramente rotulados e guardados em um único local;
- Tome os medicamentos nos horários corretos e da forma orientada pelo médico.